O atendimento individual visa conhecer e atender as demandas específicas dos usuários, promovendo acolhimento, escuta qualificada e a construção de planos de acompanhamento personalizados. A estratégia metodológica baseia-se em princípios éticos, sigilo profissional e na garantia de direitos, buscando compreender as necessidades e potencialidades dos indivíduos no contexto de vulnerabilidade social. O diálogo ativo entre o profissional e o usuário é central, incentivando sua participação nas atividades de reabilitação e habilitação seguindo nosso plano de trabalho.

A estratégia metodológica baseia-se no mapeamento e identificação de serviços disponíveis no território, incluindo saúde, trabalho, justiça, cultura, educação e esporte. Realizamos a construção de parcerias efetivas que ampliem a oferta e a acessibilidade das ações. Devemos identificar e mapear os serviços públicos das ONGs e OGs aumentando os recursos e oferecendo novas ferramentas de trabalho no atendimento para os deficientes visuais.

O Plano Individual é construído por meio de entrevistas, observações e avaliações com a dupla psicossocial, com a participação ativa dos usuários e familiares. A equipe técnica coleta informações sobre as necessidades, limitações, potencialidades da pessoa com deficiência e as expectativas da família. A Visita Domiciliar é realizada pela dupla psicossocial e tem o objetivo de aproximar do ambiente familiar oferecendo um acompanhamento mais próximo.

O objetivo é oportunizar aos usuários espaços para se manifestarem e se expressarem através do movimento corporal, liberando segurança através das práticas esportivas, assegurando espaço para convivência e mostrando que eles são capazes de continuar a sua vida com qualidade. Atividades: alongamento, hidroginástica, musculação, circuito, ginastica funcional, dança e futebol.

A oficina de música é desenvolvida com o objetivo de ampliar o repertório dos usuários e promover o convívio, promovendo a inclusão social, contribuindo para o desenvolvimento cognitivo e emocional, além da redução do isolamento social. A música amplia o conhecimento musical; melhora o equilíbrio e a locomoção; promove a socialização; realização pessoal; propicia uma vida ativa; fortalece a inclusão social e melhora a autoestima.

As Oficinas de Artesanato são realizadas pela Assistente Social, Psicóloga, Estagiários e Voluntários, através da confecção de artesanatos como: mosaico, peças em argila, tear de fios, enfeites para datas comemorativas, contribuindo para ampliação das habilidades manuais, valorização da interação social, atitudes solidárias, expressões de afeto. As tarefas contribuem para o desenvolvimento da coordenação motora, da criatividade, da concentração e da paciência, além de proporcionar um senso de realização e bem-estar.

Essa atividade é desenvolvida pela Psicóloga, por meio de um grupo onde se forma uma roda aberta de conversa, com a oportunidade de cada um se conhecer e descobrir que são capazes de um novo recomeço. Nesses encontros os usuários vão fortalecendo os vínculos entre eles e a esperança de um novo recomeço, de uma nova vida. A troca de conhecimento e vivências de cada um vai criando laços de amizades e interação social.

O Grupo de Cidadania é conduzido pelo profissional de Serviço Social. Sempre é realizado um grupo aberto, oferecido uma vez por semana, para discussão de temas variados relacionados com dinâmicas familiares, legislação, informações sobre direitos e deveres, acessibilidade e transporte gratuito, lazer a passeios externos, Leis e políticas públicas visam garantir que pessoas com deficiência visual tenham acesso à informação em formatos acessíveis.

Nas oficinas de para o mundo do trabalho são expostos temas sobre empregabilidade, através de palestras/encontros com profissionais de várias áreas. Os usuários obterão informações sobre geração de renda, mercado formal e informal de trabalho, e até mesmo criando um leque de ideias para que sejam autônomos, montando o seu próprio negócio. Com as adaptações e o apoio adequados, as pessoas cegas podem ter sucesso em praticamente qualquer área de trabalho.

A Oficina faz parte do processo de habilitação e reabilitação social da pessoa com deficiência visual, trazendo para o usuário maior autonomia e independência. O seu direito de ir e vir possibilita a inclusão social de livre acesso através do uso da bengala guia. A oficina é realizada por Educador Social habilitado no curso de Orientação e Mobilidade. O processo de orientação permite estabelecer e atualizar a posição que se ocupa no espaço, por meio da informação sensorial, enquanto a mobilidade é a capacidade de deslocar-se de um lugar para outro. Essa oficina é realizada de forma individual e grupal, com vivências reais em diferentes ambientes do cotidiano dos assistidos tanto externo como interno.

A atividade de tecnologia assistida é desenvolvida por um profissional Instrutor de Informática. Os usuários aprenderão conhecimentos básicos de informática, uso de softwares voltados para pessoas com deficiência visual e baixa visão. A comunicação através das redes sociais tem possibilitado a interação social dos usuários, criando vínculos de amizades e interagindo com seus familiares, motivando e tornando acessível os meios de comunicação para eles. Oferece formas de navegação no ambiente de trabalho, menus, caixas de diálogo usando um leitor de ecrã, acesso a internet, leitura e edição de documentos de texto com um leitor de ecrã.

A Oficina de Informática para cegos pode capacitar os participantes a utilizar computadores e tecnologias assistivas de forma eficaz, abrindo portas para a educação, o emprego e a inclusão digital. A oficina é interativa e prática, com muitas oportunidades para os participantes praticarem as competências que estão a aprender. Utilizamos materiais acessíveis, como tutoriais em áudio, transcrições em Braille e software de demonstração. A oficina é adaptada às necessidades e capacidades específicas dos participantes.

A atividade de inclusão digital é desenvolvida por um instrutor educacional, com ensino através do uso do celular, individualmente. A inclusão digital tem por objetivo facilitar a vida dos usuários, tornado acessível a comunicação através da tecnologia. Através do aparelho celular os usuários aprendem a usar softwares que facilitam seu cotidiano e a inclusão social.

Atualmente, a internet tem grande impacto na inclusão social e o acesso à web tem se expandindo de forma acelerada a cada dia. As pessoas com deficiência visual se beneficiam muito quando utilizam a tecnologia em seu cotidiano. Essa oficina é desenvolvida por um Instrutor de Informática, com idas a supermercados e caixas eletrônicos de bancos, onde os usuários poderão usar aplicativos que facilitem seus cotidianos.

Oficina para aprendizagem de leitura e escrita em Braille, através da biblioteca, de contos de histórias e do uso de equipamentos como a máquina de escrever em Braille e materiais pedagógicos para facilitar o aprendizado da leitura. Braille é um sistema de leitura e escrita tátil para pessoas cegas ou com baixa visão. É um código universal que permite escrever e ler. O Braille é composto por seis pontos em relevo, dispostos em duas colunas de três pontos cada.

As Atividades de Vida Diárias (AVDs) para pessoas cegas ou com baixa visão visam desenvolver autonomia e independência em tarefas básicas, como higiene pessoal, alimentação, vestuário, mobilidade e comunicação. Elas são fundamentais para a inclusão social e a qualidade de vida, permitindo que a pessoa com a deficiência visual participe ativamente do seu ambiente. As AVDs ajudam da seguinte forma: Desenvolvem a Autonomia; Promovem a Independência; trabalha a noção de espaço, organização, Melhora da Qualidade de Vida; Promovem a Inclusão Social.

Os participantes aprendem as regras e táticas do xadrez, com tabuleiros adaptados. O jogo permite trabalhar a memória, organização espacial, estratégia, comunicação, limites, resolução de problemas e integração social. Os jogadores diferenciam a cor das casas do tabuleiro por meio de um relevo. Em cada casa existe um furo, que permite o encaixe das peças e existe no tabuleiro um sistema de coordenadas em braille para que o jogador tenha facilidade para localizar as peças.

O Yoga Inclusivo é uma abordagem da prática de yoga que acolhe todas as pessoas, independentemente de suas limitações. O objetivo é promover o relaxamento, a força e o equilíbrio emocional. A professora voluntária pode narrar as orientações para os alunos. O foco é na concentração na respiração e em si mesmo, e não na perfeição da postura. Aumenta a consciência corporal e espacial, ajuda na integração social, melhora a mobilidade, a força e aumenta os níveis de motivação, foco e atenção.

A costura inclusiva, assim como todas as ações que buscam inclusão e acessibilidade, são importantes para a representação e identificação de pessoas com deficiência. É uma oficina prática com foco na valorização da moda produzida por deficientes visuais que melhoram a sua autoestima e o bem-estar. Desenvolvemos o foco na diversidade humana, com conceito de prioridade e aspectos como: ergonomia, mobilidade e funcionalidade.

A oficina com tear de pregos é realizada através da confecção de peças, usando vários tipos de materiais, contribuindo para ampliação das habilidades manuais, a coordenação motora e a sensibilidade. A realização de atividades em grupo estimula a interação social, a troca de experiências e a ajuda mútua. O tear de fios contribui para a coordenação motora fina, da criatividade, da concentração e da paciência, além de proporcionar um senso de realização e bem-estar.

A oficina de teatro consiste em promover o desenvolvimento cultural e a inclusão social, usando a arte como veículo de acessibilidade para pessoas com deficiência visual. As aulas contemplam a experiência em iniciação teatral, por meio de jogos dramáticos e improvisações, além de suscitar questões, provocar a vontade da experimentação e criar o interesse pelo teatro. 

As oficinas de cantigas de roda proporcionam aos participantes uma interação direta das cantigas com as brincadeiras cantadas através de recursos simples e básicos como o corpo e a voz, trazendo aos seus participantes a chance de lidar com a música e seus elementos, próprios de todo ser humano: Audição, expressão rítmica, melódica e corporal, inteligência ordenadora e criatividade, integrando todos esses elementos com a prática didática.

Tem como objetivo introduzir o universo das histórias a partir da relação cotidiana de contar um fato a alguém. Amplia o repertório literário dos participantes. Trabalha de forma lúdica as técnicas teatrais envolvidas em uma contação. Estimula os participantes a se tornarem multiplicadores deste conhecimento. Promove desenvolvimento cognitivo e social, melhorando as capacidades de comunicação dos deficientes visuais. Diferente da leitura comum, a contação de histórias permite improviso e interação com o ouvinte, o que torna tudo muito mais envolvente e prazeroso.

A dança inclusiva de Forró é uma proposta de formação integral que busca solucionar a exclusão social. Pode ser praticada em grupos mistos. A dança para deficientes visuais é também uma atividade que pode ser lúdica e criativa, e que pode ser construída a partir de movimentos do cotidiano. A dança pode ajudar a superar limites impostos pela deficiência visual e traz muitos benefícios, como: melhora do equilíbrio, melhora da locomoção, fortalece a inclusão social, propicia uma vida mais ativa, promove a socialização, melhora a autoestima e a qualidade de vida.